Conheça o RJ-21, o robô judiciário que cria robôs

10 out 2023

RJ-21 é o robô criado dentro do Projeto Solaria que permite a programação de processos de trabalho, de acordo com os procedimentos internos adotados em cada unidade judiciária. Com a ferramenta, as Varas do Trabalho podem criar regras de tramitação para que processos tenham andamento de forma autônoma ou para que sejam direcionados aos servidores responsáveis pelo próximo ato. Tudo com a menor interferência humana, por meio da combinação de movimentos processuais, dos diversos tipos de documentos juntados e dos chips (que são marcações nos processos ou documentos).

juiz Bráulio Gabriel Gusmão, Secretário-Geral do Conselho Superior da Justiça do Trabalho (CSJT) e presidente da Comissão de Assessoramento, Acompanhamento e Apoio das Soluções de Automação dos Produtos Digitais da Área Judiciária (CAAAS-JUD), responsável pelo Solária, considera revolucionário este motor de regras. “O RJ-21 é o futuro do Projeto Solaria, em que entregamos aos usuários o poder de criar os seus próprios robôs. A combinação das regras torna exponenciais as possibilidades de automação”, afirma.

Para a presidenta do Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região (TRT-PR), Ana Carolina Zaina, o uso dos robôs é sequência natural a uma opção feita pelo Judiciário a partir do processo judicial eletrônico. “Cada vez mais vamos nos concentrar no foco da nossa missão, que é analisar o direito, deixando para os computadores os procedimentos burocráticos”, comentou a presidente do TRT-PR, onde se originou o Projeto Solária, hoje nacionalizado pelo CSJT.

A ferramenta possibilita milhares de combinações, entre elas a criação de chips que acionam outros robôs do Projeto Solaria, como o que designa a audiência no aplicativo Zoom (RJ-1), gerando a certidão com o link e intimando as partes.

diretora da 7ª Vara do Trabalho de Londrina, Cristiane de Melo Mattos Sabino Gazola Silva, ressalta duas possibilidades de uso muito úteis à Justiça do Trabalho como um todo. A primeira é a criação de regras para casos de suspeição e impedimento de magistrado, a partir do ajuizamento de demandas, tendo como base o autor ou réu da demanda.

A outra possibilidade que a diretora destaca é em relação à capacidade de o Robô 21 encaminhar os autos para redistribuição ou para os núcleos de conciliação (CEJUSCs), de acordo com as decisões proferidas. “O RJ-21 traz rapidez e facilidade enquanto solução de gestão, em tempos de alta demanda por automação. É uma alternativa viável para a redução da força de trabalho”, avalia.

Ricardo Maciel dos Santos, diretor da 2ª Vara do Trabalho de Curitiba, avalia que o uso do robô economiza o tempo dos servidores, os quais realizariam algumas tarefas de forma manual. “O ganho de tempo e produtividade é grande. Basta que o gestor realize as configurações adequadas para que o robô entre em ação na sua unidade. Como instrumento de auxílio às unidades judiciárias entendo que o RJ-21 é um excelente motor de regras que permite uma série de automações úteis”, finaliza.

Fonte: Tribunal Regional do Trabalho 9ª Região Paraná, 09.10.2023

Os artigos reproduzidos neste clipping de notícias são, tanto no conteúdo quanto na forma, de inteira responsabilidade de seus autores. Não traduzem, por isso mesmo, a opinião legal de Granadeiro Guimarães Advogados.

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